“Em verdade te digo, hoje mesmo estarás a meu lado no paraíso” ou “não tomar o santo nome de Deus em vão” são mensagens, que podia ler ontem em Moure — Vila Verde quem assistisse à ‘Majestosa Procissão'. Com saída da igreja paroquial em direcção à capela de São Bento e Santo André, o cortejo tinha início previsto para as 16 horas, mas foi atrasado uma hora, dado o intenso calor que se fazia sentir.

“Faz hoje anos que ao chegar lá em cima foi uma trovoada e uma chuvada!”, lembrava um dos muitos populares que se alinhavam ao longo do percurso sinuoso. Quem assistia eram sobretudo mulheres com crianças ainda de idade muito tenra, ao colo ou empoleiradas sobre muros das residências para verem passar os anjos e os andores.
Uma força da GNR colocou um veículo todo-o-terreno numa curva estratégica para controlar o trânsito.
Escutam-se os tambores, observam-se ao fundo dois cavaleiros vestidos à moda do Antigo Regime, depois os escuteiros a percutir a cadência, controlada por telemóvel, passo lento e a seguir os figurantes — mais de uma centena e na sua maioria crianças, aqui e acolá com uma mãe protectora ao lado.

A procissão leva quase meia hora a enveredar pela descida para depois voltar a subir.
Por fim, vê-se o pálio com as autoridades religiosas e civis, notando-se o eurodeputado José Manuel Fernandes e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Vila Verde.

A banda de música fecha o desfile com uma harmonia festiva. A tarde cai, cobrindo-se de uma neblina morna e o trânsito volta a circular nas estradas municipais interrompidas, notando-se frequentes matrículas da França e da Suíça.
Tambores dos escuteiros e trompetes da banda já só se escutam ao longe. Fonte Correio do Minho por Rui Serapicos